“A mata atlântica representa o Brasil – mais que o mar, as praias e biquínis, mais que futebol, mais que uma foto de carnaval. Para mim é a melhor representação da paisagem brasileira. Por suas proporções, suas formas, sua diversidade. Esta casa está inserida na floresta e a cobertura de madeira tenta imitá-la na paisagem – como se fosse possível. A transparência, mais do que qualquer valor estético, visa justificar a presença humana neste local. A forma é simples, simétrica, fácil, oposta ao perfil entrópico e bagunçado que a natureza ao seu redor proporciona.”
-Arthur Casas

Fernando GuerraFernando Guerra
Casa do arquiteto em Iporanga
Na forma de dois grandes cubos simétricos abraçando um espaço aberto, esta casa foi projetada como a casa dos sonhos do arquiteto. “Sempre quis uma casa no meio da floresta, em um lugar onde pudesse recarregar as energias”, conta.

Neste contexto, o projeto tem muito espaço para apresentar uma de suas premissas favoritas: o espaço interno em total sinergia com o exterior. Neste projeto, essa intenção se materializa em um espaço de 11m de pé direito, com janelas de vidro contínuo, de um lado da fachada ao outro.

Das paredes ao chão, a madeira de cumaru está por toda parte. Nos pisos, a ausência de divisões implica na integração do espaço, por exemplo, a sala comunica com a cozinha e também com o escritório. Tudo isto rodeado por uma grande e agradável esplanada. Bem próximo a ela, o deck elevado funciona como mirante para apreciar fragmentos intocados de Mata Atlântica.
