Este projeto foi desenvolvido com base no estilo de vida do casal que ali viveria. Ela é dona de uma loja de tapetes antigos e ele é designer. Um dos principais conceitos adotados foi acolher e misturar harmoniosamente o antigo com o novo, o que pode ser vivenciado em todo o apartamento.
O apartamento é muito bem iluminado com grandes janelas para que a luz natural possa passar, iluminando-o inteiramente - todas as paredes da sala e cozinha foram removidas.
Todos os pilares e vigas existentes foram despojados e uma grande estrutura de metal branco dividiu a cozinha e a sala, com a opção de tornar todo o espaço aberto ou fechado. Além disso, uma ampla janela articulada foi projetada para integrar ou segmentar as áreas.
A planta original do apartamento tinha três quartos e uma arrecadação. Um dos quartos e a arrecadação foram integrados à área social onde a sala de estar, a sala de jantar e a biblioteca/escritório dividem o mesmo espaço.
A parede que dividia a sala e a área íntima foi preenchida inteiramente com uma estante branca em marcenaria, formando uma extensa biblioteca.
Na cozinha e banheiros, foram aplicados azulejos antigos nas paredes, que foram escolhidos a dedo em armazéns de azulejos descontinuados. Além dos revestimentos dos banheiros e da cozinha, todos os móveis foram adquiridos em antiquários e brechós para combinar com os tapetes antigos do morador.
A iluminação mistura peças novas com lustres antigos, também encontrados em antiquários. Apesar de algumas peças terem sido encontradas em mau estado de conservação no próprio apartamento, foram restauradas e transformadas, ressignificando a sua utilização. A mesa de centro foi projetada usando uma antiga grade de janela típica das casas da vila de São Paulo. A predominância do branco e do cinza concreto aparente como cores de base nos móveis fixos e nas paredes dos apartamentos foi uma escolha, considerando o quão marcantes eram os objetos e móveis.