Propostas arquitetônicas sugestivas de moradias populares à população, propõem conjuntos habitacionais de qualidade duvidosa para solucionar o déficit habitacional do país, e em Pernambuco não é diferente.

No incentivo a pensar a moradia como um espaço honesto para quem a ocupa, propomos tentar projetar uma arquitetura com uma vocação simples e objetiva para projetos reprimidos às imposições do programa habitacional brasileiro.

Presente no contexto urbano, ainda que rural, a parte expectante da natureza nos fundos do loteamento amenizou uma verdadeira cortesia, aliada à presença marcante da fauna regional. A simplicidade costuma ser racional e assertiva, portanto, norteou o desafio de traçar diretrizes de projeto tecnicamente possíveis para quatro casas embrionárias com 58,5 m² de área útil cada uma. Inserida em modestos terrenos de dimensões 8x20 metros e executados com mão-de-obra local pouco qualificada, o período de construção durou apenas 120 dias.

Em sua poesia, o partido arquitetônico vem da sombra, gravitando certo ritmo substancial à caligrafia precisa das retas no equilíbrio formal. A escassez de contornos suaves preside a arrogância de pontos e arestas no refinamento geométrico.

O projeto repensa dimensões hostis e princípios energéticos da economia espacial estigmatizada para a casa popular. No gozo do vazio construído a partir do desenho de altura, o céu torna-se horizonte porque havia pouco chão.



Material usado :
1. Pamesa - Porcelana Dublin Branco 58x58
2. Alcoa - Quadros
3. Cerâmica Bom Jesus - Tijolos de oito furos e tijolos maciços
4. Norcola - Tintas
5. Norvidro - Vidro