O projeto resulta de um concurso de ideias para a transformação de um antigo edifício da indústria militar do início do século XX num grande centro desportivo de referência para a cidade, a região e o país.

O edifício, orientado norte-sul, mede 125 m de comprimento por 85 m de largura, organizado em um edifício central de 20 m de altura e dois edifícios laterais de 13 m de altura. Dotados de uma geometria clara e repetitiva com cobertura em dente de serra, os edifícios emulam a nobreza de uma catedral, apesar de uma aparência exterior muito pobre, fruto da passagem do tempo, do abandono e da ausência de revestimento de fachada. Esta nobreza é confirmada no interior graças à expressividade da estrutura policromada que, embora desgastada pela passagem do tempo, define o caráter do espaço com a espetacular luz zenital que penetra na cobertura envidraçada em cinquenta por cento da sua superfície.


Nossa proposta visa manter o valor da pré-existência, preservando integralmente a percepção de seu caráter original, mesmo com a introdução de um mundo novo, leve e colorido, características ligadas ao caráter lúdico que o edifício deve expressar. Por um lado, intervimos no pavimento, até então cinzento, enchendo-o de cores para definir as novas áreas desportivas: atletismo, basquetebol, andebol, badminton e escalada. Por outro lado, as exigências do novo programa esportivo (saguão, vestiários, federações, escritórios) são resolvidas com um bloco de cor amarela intensa que por sua vez forma duas grandes paredes de escalada que são protagonistas do espaço central do projeto. É percebido como leve, flutuando no espaço industrial da catedral graças ao fato de estar embutido nos grandes pilares do edifício e pendurado nas pontes rolantes pré-existentes, dando-lhes uma nova vida. Esta peça torna-se também o nível superior para os espectadores e o elemento que define os limites entre as diferentes áreas desportivas.


Por fim, nosso projeto confere ao edifício uma nova fachada composta por uma base de tijolos, em harmonia com a arquitetura do bairro, e um revestimento branco que se estende até a borda do telhado. Este último foi resolvido com chapas mini-wave brancas, comumente usadas no mundo industrial, nas quais se inserem novas aberturas estratégicas para expressar o propósito público do novo edifício e abri-lo para uma relação mais permeável com o seu entorno.


Equipe:
Arquitetos: IDOM
Arquitetos do projeto: Inés López Taberna, Iñaki Garai Zabala, Gohar Manrique San Pedro - IDOM
Outros arquitetos: DUFFAU & ASSOCIÉS
Gestão de Projetos: Gohar Manrique San Pedro - IDOM
Custos: Fabien Tonasso - ALAYRAC & Inés López Taberna + Gohar Manrique San Pedro - IDOM
Estrutura: Miguel Angel Valverde González - IDOM
Engenharia: Arturo Cabo Ordóñez + Lucas Legay - IDOM
Iluminação: Miguel García Castillo - IDOM
Serviços de Saúde Pública e Engenharia Elétrica: Arturo Cabo Ordóñez + Lucas Legay - IDOM
Administração: Clarisse Guiraud - IDOM
Supervisão do Local: Pierre Duffau – DUFFAU ASSOCIÉS & Iñaki Garai Zabala+ Gohar Manrique San Pedro - IDOM
Gestão da execução da obra: Pierre Duffau – DUFFAU ASSOCIÉS & Gohar Manrique San Pedro - IDOM
Demolições: SAS GRACIA
Estrutura: GALLEGO
Fotógrafo: Pedro Pegenaute


Materiais utilizados:
Telhas e Telhado Metálico e Fachada: ADB BATITOIT
Carpintaria exterior: SN PAYBOU
Ferragens: SCOP ALKAR
Drywall e Tectos Falsos e Revestimento Cerâmico: SAS OLIVEIRA ROGEL
Carpintaria interior: JEAN SALET
Revestimentos Flexíveis: SAS LORENZI
Pavimentos Desportivos: SOLS PRESTIGE 33
Pintura: LATU
Guindaste: MASTER INDUSTRIE
Estrutura de escalada: ENTRE PRISES SAS
Elevador: PYRENEES ASCENSEURS
Canalizações e Ventilação: EIFFAGE ENERGIE
Eletricidade: BAJON ANDRES/ENGIE INEO
Urbanização: SPIE BATIGNOLLES MALET
Pista de Atletismo: ST GROUPE


