O Instituto do Sono é uma clínica de neurologia onde são elaborados diagnósticos de desempenho do sono e consultas relacionadas. Os pacientes dormem no local, permitindo as leituras da polissonografia, o que exigiu um programa de uso do prédio específico em termos de instalações, como um conjunto de suítes completas para pernoite e uma saleta de monitoramento, além de ambientes comuns a espaços clínicos, como recepção, área de espera e consultórios.
O projeto se deu em uma casa da década de 50, deteriorada pelo tempo, onde atuamos com uma reforma significativa em termos de demolições, acabamentos e reordenamento de cômodos, encaixando o programa exigido. Do imóvel original, apenas as suítes da casa foram preservadas com as medidas originais, tornando-se dois quartos para pernoite dos pacientes. Demais ambientes foram modelados conforme as exigências programáticas e estéticas, caso da fachada. Uma vez que o recuo original era insuficiente para atender vagas de estacionamento, propusemos a demolição da parede frontal existente e a construção de uma nova fachada, mais afastada da rua e com um desenho mais marcante. Ela é composta de elementos verticais metálicos, fixos e dispostos em um ritmo característico, inspirado em uma forma simplificada de um exame de polissonografia.
A vantagem de se realizar uma reforma completa é poder criar um conceito novo de ambientação, o que no caso específico do instituto foi algo fundamental. Indo de encontro às referências acordadas com o cliente, trabalhamos uma estética minimalista, com nuances de texturas e cores delicadas, como o piso amadeirado, além de iluminação indireta. Todo um conjunto de elementos que evocasse o bem-estar e relaxamento dos pacientes, estimulando uma noite tranquila e um sono sem percalços.
Nesse conjunto de sensações, complementa-se o jardim interno, um espaço com inspirações zen, com fonte, espelho d`água e jardim minimalista, que preserva um pergolado de concreto restaurado da residência original. Essa área descoberta estimula a iluminação e ventilação naturais para a área de espera dos pacientes, além de promover um uso sensorial terapêutico do espaço através das texturas da pedra e do som da água corrente.
