Dois tipos distintos de pacientes frequentam uma clínica especializada no pavimento pélvico.
Por um lado, pacientes saudáveis que desejam melhorar a sua saúde geral e fazer exercícios para fortalecer o pavimento pélvico. Por outro lado, os pacientes que têm problemas de saúde. Desde o início, a ideia era que não houvesse interferência entre estas duas actividades, ou seja, as pessoas que vêm à clínica para fazer exercícios nas suas salas polivalentes e as pessoas que vêm para consultas médicas.
Para tal, a planta foi organizada em torno de um núcleo central que divide o programa em dois, com as salas de marcação de consultas e as salas polivalentes distribuídas de ambos os lados do núcleo. Este cubo central de madeira colocado entre espaços brancos e quentes funciona como um pivô entre as duas actividades, ao mesmo tempo que as organiza e liga.
Entretanto, um centro especializado na saúde da mulher precisava de ter uma escala reconfortante. Aspectos como os materiais, a iluminação e as cores utilizadas foram meticulosamente estudados para conferir ao centro uma sensação de tranquilidade. Com a utilização da madeira no núcleo central, bem como nos pavimentos, foi garantida uma arquitetura natural e acolhedora. Todo o mobiliário, portas, rodapés, paredes e tectos foram executados em RAL 9010, um branco quente.
A clínica tem duas longas fachadas norte e sul que foram aproveitadas para permitir a entrada de luz e ventilação naturais. Optou-se por maximizar esta luz natural, dispondo as salas de consulta e as salas polivalentes ao longo destas fachadas e localizando os espaços de atendimento na zona central das instalações, ou seja, no núcleo.
Uma grelha de postes verticais em aço lacado a branco foi utilizada como elemento de
transição entre o exterior e o interior e entre os diferentes espaços que constituem a receção e as salas de espera. Estas grelhas separam visualmente as salas de espera e as
receção, e foram utilizados na fachada para proteger as janelas e abrir o centro.
Os tectos com uma altura de 3,6 metros dão à clínica uma agradável sensação de espaço.
Em termos de utilização de energia, a clínica pretendia atingir um consumo quase nulo através da utilização de isolamento contínuo nas paredes, tectos e pavimentos; janelas com vidros triplos; ventilação com recuperação de calor; e aquecimento e arrefecimento por piso radiante com um sistema aerotérmico. Como resultado, a clínica pode ser aquecida e arrefecida com um consumo mínimo de energia.
Em conclusão, este projeto presta especial atenção à ordem, à distribuição e ao funcionamento da clínica sem negligenciar a parte humana da mesma, garantindo sempre que tanto os funcionários como os pacientes possam usufruir de um espaço acolhedor, atraente, saudável e funcional.
