Situado no Largo do Intendente 57, este projeto de reabilitação devolveu ao edifício a sua utilização residencial, garantindo uma mais permanente que contribuiu para a revitalização deste bairro. Esta zona da cidade esteve abandonada durante muito tempo, resultando na degradação de muitos edifícios.
![https://archello.com/story/110705/attachments/photos-videos/3 photo_credit Fernando Guerra [FG+SG]](https://archello.com/thumbs/images/2022/05/30/ana-costa-arquitectura-e-design-intendente-57-apartments-archello.1653914495.5285.jpg?fit=crop&auto=compress)
Neste caso, o interior do edifício já tinha sido totalmente demolido, restando apenas as fachadas Poente e Sul. Esta renovação foi considerada essencial para a composição da imagem consolidada do Largo - Praça do Intendente. Para a nova construção foi proposto um traçado em U, constituído por um volume central em relação direta com a fachada existente a Poente e dois volumes laterais, um a Norte e outro a Sul, voltados para a escadaria do “Beco”. do Benformoso”. Estes volumes encerram um espaço de jardins e pátios mantendo as abrangências naturais do terreno.
![https://archello.com/story/110705/attachments/photos-videos/8 photo_credit Fernando Guerra [FG+SG]](https://archello.com/thumbs/images/2022/05/30/ana-costa-arquitectura-e-design-intendente-57-apartments-archello.1653914506.3321.jpg?fit=crop&auto=compress)
Da mesma forma que se manteve o desenho da fachada original, mantendo o maior número possível de elementos caracterizadores (como vãos, materiais de acabamento, cantaria, cornijas e balaústres), o novo desenho das fachadas pretende também criar uma linguagem não dissonante com o resto do edifício.
![https://archello.com/story/110705/attachments/photos-videos/10 photo_credit Fernando Guerra [FG+SG]](https://archello.com/thumbs/images/2022/05/30/ana-costa-arquitectura-e-design-intendente-57-apartments-archello.1653914509.1267.jpg?fit=crop&auto=compress)
Assim, e porque a orientação a nascente o tornava natural, foi criada uma fachada em estrutura metálica para suportar as novas varandas e galerias de acesso aos apartamentos, bem como funcionar como elemento de sombra. Para além de ser algo característico dos quintais lisboetas, esta estrutura reticulada permite estabelecer a relação entre a nova construção e as fachadas existentes.

Quanto às coberturas, propõe-se manter a morfologia original da empena, em telha de barro vermelho.

A organização funcional deste conjunto foi desenvolvida com base num programa de 49 pequenas tipologias com áreas compreendidas entre os 80m2 e os 120m2.
Importa referir que o acesso aos apartamentos situados no piso 0 é feito directamente a partir da rua, de forma a manter a caracterização das portas, potenciando assim a relação com a rua.

As restantes tipologias distribuem-se pelos restantes pisos, aproveitando as diferenças de altura da envolvente, criando tipologias duplex que permitem um melhor aproveitamento destas relações. Nas tipologias, esta dimensão do “volume” permite uma percepção de mais espaço.

Equipe:
Arquitetura e Design: Ana Costa
Colaboradores: Ana Mafalda Lacerda, Ana Florêncio, Carlos Cruz, Fernando Freire,
Gonçalo Pereira, Inês Cruz, Inês Reis, Maria Carvalho, Ricardo Mesquita, Sara Santos
Engenheiro Civil e Estrutural: BETAR | Miguel Villar
Mecânica, AVAC e Térmica: GET | Raúl Bessa
Elétrica e Segurança: Ohm-e | Fernando Silva Gusmão
Paisagem: F|C Arquitectura Paisagista
Contratado: Cari construtores
Supervisão e Gerenciamento de Projetos: Vista Quadrada
Fotógrafos: Fernando Guerra e Ricardo Oliveira Alves

Materiais utilizados:
Piso: Telha de Cimento Hexa, Mosaico del Sur
Janelas: Aço Galvanizado, OS2, Madeira Secco, Carpilux
Iluminação interior: Les acrobates, edições DCW
Instalações elétricas internas: THPG

