O atelier Rebelo de Andrade tem como preocupação fundamental a concepção, desenvolvimento e execução de projectos que articulem as posições dos diversos interesses envolvidos – e nem sempre concordantes – na génese de uma obra arquitectónica. Tal envolve o respeito pela vontade soberana do cliente, pela sua motivação e pela expectativa que nutre relativamente ao resultado final do projecto adjudicado. Mas, como a arquitectura é uma arte que de certo modo se impõe ao público a despeito da vontade deste, existem regras – nacionais e locais – concebidas para minimizar a possibilidade de esta influir negativamente na qualidade de vida daqueles que estão expostos às suas produções. Do mesmo modo, há ainda um interveniente silencioso – a paisagem – que exige uma compreensão e um respeito profundos pela sua presença e forma de acontecimento.
A arquitectura do atelier Rebelo de Andrade consiste em procurar em cada projecto superar as divergências existentes e entregar ao cliente o melhor resultado possível, respeitando no processo as regras subjacentes e complementando de forma harmoniosa a paisagem. Desbaratámos durante muitos séculos os recursos do planeta como se estes fossem infinitos. A arquitectura do Séc. XXI comporta a obrigação ética de ser parcimoniosa e eficiente na utilização dos materiais e da energia. Com este pensamento presente em todas as fases do projecto, o atelier RA\\ propõe soluções virtuosas que privilegiem os materiais autóctones e a sustentabilidade energética. Do mesmo modo, e num mundo cada vez mais hipernormalizado, o respeito pela história e pela tradição é uma componente fundamental na marcação de uma identidade singular e distintiva. Conhecer o local, as suas histórias e o modo de vida daqueles que o habitam não é um dado acessório, é antes a própria fundação de um edifício que aspire a sobreviver ao escrutínio inclemente do futuro. O difícil mister de articular história e inovação, tradição e ecologia, paisagem e edifício é o que faz da arquitectura uma arte de superação como nenhuma outra.
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