A Casa da Lavand’eira, empreendimento de turismo no espaço rural, é uma quinta senhorial do séc XVIII que integra uma quinta com cultura de vinha e um frondoso bosque. A casa principal é um solar de construção granítica com capela, salão e salas, cozinha com lareira tradicional e quartos.
Espalhadas pela propriedade, outras construções foram sendo adaptadas para funcionarem como alojamento.


A quinta é delimitada pelo rio Ovil, que proporciona a experiência de um encantador percurso pedestre homologado (“Rio Ovil, suas lendas e moínhos”), ao longo do qual se pode disfrutar da paisagem natural, atravessar passadiços de madeira e observar flora, fauna e património arquitectónico (moinhos e casas de habitação tradicionais) que caracterizam esta região.
A ideia nasceu de um sonho do proprietário e rapidamente esse sonho familiar se transformou na realidade que é hoje a Casa Lavand’eira, um empreendimento turístico baseado num projecto integrado que inclui o alojamento turístico, a realização de eventos, a produção vinícola e um contacto ímpar com a natureza. A exploração da quinta pretende (re)contar a história da propriedade, promovendo o reencontro com o genuíno, com a terra e tradições da região, preservando a biodiversidade, as histórias e as memórias que o espaço proporciona.


A estratégia de intervenção assenta nos recursos que são o património natural, paisagístico da propriedade e de Baião: flora e fauna, o rio Ovil, a paisagem vinhateira, a gastronomia regional e o vinho.
O proprietário da quinta iniciou há alguns anos a produção do próprio vinho e para isso tem vindo a aumentar o cultivo da vinha. Pretende-se assumir este produto como elemento caracterizador do empreendimento, prevendo-se a exploração desta temática em diversas vertentes, promovendo-se o contacto directo com o património cultural e paisagístico.


Prevê-se a intervenção nas construções antigas espalhadas pela quinta e a construção de novos espaços. Além daampliação das unidades de alojamento, cria-se um núcleo de serviços (restaurante, bar, spa e piscina exterior), áreas destinadas a funcionários e condições para o necessário estacionamento. O projecto engloba ainda uma “horta biológica” com a finalidade de abastecer a cozinha do restaurante.
No topo poente do terreno delimitado pelo rio Ovil, numa zona privilegiada em termos de exposição solar e de excelentes oportunidades de vista sobre a paisagem, implantam-se as novas unidades de alojamento, distribuídas por“bungalows” que se assumem como criações contemporâneas e cuja linguagem arquitectónica reflecte essa actualidade.


Todo o projecto foi concebido de forma sustentável, procurando-se optimizar a construção de forma a minimizar o seu impacto ambiental sobre o meio ambiente.
Inserido numa propriedade com 7,3 hectares, o projecto viu já reconhecido, pela Câmara Municipal e pelo Turismo de Portugal, o carácter de relevante interesse público da intervenção.


Equipe:
Arquiteto: FCC Arquitetura
Fotografia: Fernando Guerra FG+SG
Equipa de arquitectura: Fernando Coelho, Ana Loureiro, Sérgio Silva, Luís Vieira, Diana Teixeira, João Mota, Luciano Gonçalves, Diana Chumbo
Design de interiores: Paulo Lobo
Engenharia: Engistart engenharia
Arquitetura Paisagista: Paulo Palha
Construtor geral: Armindo João Gomes Empreiteiro
Iluminação: Luz OHM com identidade
Encanamento: Fernando Teixeira Pichelaria
Equipamento hoteleiro: Horex
Carpintaria: Árvore de aromas
Paisagismo: Diaplant
Metalurgia: UrbMetal
AVAC: A. Cruz Lda
Equipamentos de spa e piscina: Coroa & Costa
Móveis: Oficinas gerais


Material usado:
1. Pedra, granito
2. Betão aparente
3. Madeira exteriorfreixo termo-modificado
4. Telha cerâmica
5. Caixilharia de alumínio e de madeira
6. Soalhos em freixo
7. Decks em ipê
8. Pavimento cerâmicos
9. Pavimento mineralskin


