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Almeirim House
Filipe Xavier Oliveira

Almeirim House

“Our eyes are constructed to enable us to see forms in light. Primary forms are beautiful forms because they can be clearly appreciated” (Corbusier, 1931, p.46)


A moradia é constituída por três sólidos geométricos diferenciados pela cor e pela função entendidos como “blocos de construção”. Criou-se a nascente um volume paralelepipédico na cor branca, correspondente ao volume dos quartos, as áreas privadas. Este volume apresenta uma diagonal a nordeste que desmaterializa a massa do edifício, ampliando a sensação de recepção, direccionando a entrada.


No extremo oposto ao bloco branco encontramos uma lâmina vertical ocre que delimita a noroeste, o espaço social da casa organizado em sequência hierárquica e funcional: garagem; cozinha/ lavandaria; e por fim, sala de estar / jantar. No extremo sudoeste da casa, a lâmina transforma-se em muro e engloba o barbecue.


Sobre estes dois volumes, em cores distintas, pousa um prisma triangular que desenha a cobertura, reforçado à cor vermelha em telha Plasma. Esta opção por uma cobertura de uma água permite que no desenvolvimento longitudinal da moradia exista um mezanino sobre a sala, destinado a escritório.


A leitura abstracta dos volumes puros, através de processos de adição e subtracção, aliada ao uso da cor contribui para a plasticidade da moradia que remete para o imaginário Neoplasticista. Estes grandes volumes são posteriormente desmaterializados por outros volumes de menor dimensão, na cor cinza e ocre contribuindo para o conjunto como elementos simultaneamente autónomos mas englobados na composição. 


Ao nível de distribuição interior a cada volume corresponde a um conjunto de funções específicas, também elas marcadas através do pavimento. Pretendeu-se explorar a relação interior/exterior através de amplos envidraçados em momentos específicos que canalizam as vistas, sendo possível, após entrada na moradia um atravessamento visual em direcção à profundidade do terreno. O facto do vidro da sala se encontrar recuado face ao balanço do mezanino permite funcionar como sombreamento natural a sudoeste.


Pretendeu-se uma moradia de desenho compacto por motivos económicos e funcionais, predominantemente térrea, com uma métrica estrutural simples tirando partido da expressão pura dos materiais (reboco pintado, telha plasma), procurando fazer mais com menos. Entende-se por fundamental ao nível tectónico a Frônese grega com vista à economia na construção associada ao Bem-Saber-Fazer em Arquitectura.

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