Um lote suburbano de gaveto para uma casa suburbana de um piso. A parcela irregular ditou afastamentos e alinhamentos, uma configuração típica de quartos sugeriu uma grelha, uma separação entre privado e público foi garantida. A cobertura é inclinada, a parede perimetral é curvo, o espaço principal é recortado - a casa desdobra-se em três gestos. Os espaços secundários encontram o seu lugar atrás da linha quebrada, permitindo-se uma série de excepções, enquanto as zonas técnicas saltam do perímetro pré-definido como torre.
A forma é a justaposição de duas figuras - o meio círculo inclinado é acompanhado por uma torre esbelta. Duas superfícies da mesma cor nunca se encontram. Branco, preto e azul giram em torno da simplicidade complexa da forma. Uma chaminé triangular cor-de-rosa pousa no topo da cobertura inclinada. O lado da rua exibe uma sequência uniforme de aberturas que refletem a grelha de quartos que se esconde atrás dela. A curva é pontuada apenas uma vez, abrindo uma janela para o espaço principal. No interior, a paleta de materiais é concisa e ordenada. Paredes brancas correm entre o piso de madeira e o teto de betão. Os topos salientes das paredes são acentuados com faixas de madeira escura.
Mais uma vez, a casa é confundida com uma galeria, uma loja ou uma capela. O espaço de estar resulta de uma série de interseções. Cada superfície é tida em consideração e celebrada. Grelhas, ordens e exceções são asseguradas. Um volume colorido e animado desafia a sua banal envolvente. A casa é inclinada, curva e quebrada.
Equipe:
Arquiteto: fala
Equipa de Design: Filipe Magalhães, Ana Luisa Soares, Ahmed Belkhodja, Lera Samovich, Ana Lima, Joana Sendas, João Carlos Lopes, Anna Murisasco, Carina Pannatier
Engenharia: Paulo Sousa; mp+pf
Empreiteiro: mribeiro
Fotografia: Francisco Ascensão, Giulietta Margot, Ivo Tavares
