O edifício, localizado no gaveto entre o Largo dos Poveiros e Rua do Campinho, e datado da década de 50, era por cinco pisos, entre os quais piso -1 e piso 1 dedicados a comércio e os restantes dedicados a habitação.

Apresenta duas entradas para o Largo dos Poveiros e Rua do Campinho, nas extremidades opostas da fachada principal (nº 56 e 48), para além do acesso ao estabelecimento comercial (n º50). Estas duas entradas dão acesso à comunicação vertical do edifício que é feita através de uma caixa de escadas em cada extremidade. O edifício, de construção em betão e linguagem modernista, apresenta fachadas revestidas a reboco pintado, e grande fenestração na fachada principal, marcada pelo ritmo das janelas dos escritórios e montras do estabelecimento comercial.

A fachada principal apresenta também elementos singulares nos vãos das zonas comuns, com vãos e guardas em ferro forjado trabalhados, assim como, elementos em pedra esculpidos que encimam as duas portas de entrada. A fachada tardoz ostenta uma escada exterior que faz a ligação entre o piso 1 e o piso 4, não tendo correspondência os patamares com as cotas dos pisos intermédios. Estas escadas, apesar do seu valor arquitetónico e tipológico, encontravam-se em elevado estado de degradação.

Posto isto, procedeu-se a uma reabilitação física e funcional deste edifício histórico, potencializando novas condições de habitação, serviços e comércio. Associado ao volume das caixas de escadas, foram melhoradas as condições de acessibilidade aos diferentes pisos, com a inserção de dois elevadores de acesso às habitações, junto aos núcleos de escadas existentes.

Programaticamente, o piso 1 corresponde aos pontos de acesso ao prédio, feitos através do Largo dos Poveiros e Rua do Campinho, assim como o acesso ao estabelecimento comercial. A fração comercial e cave são mantidas, não havendo alterações. O acesso ao logradouro também é feito através deste piso.

Os pisos 2, 3 4 são entendidos como o piso Tipo do prédio. Assumindo a organização espacial existente, foram criadas nove frações por piso, de tipologia T0 e T1. No último piso (piso 5) houve o aproveitamento do desvão da cobertura, permitindo a criação de três frações, uma tipologia T0 e duas T1.

