A Augusta House foi projetada pelo atelier Risco Singular - Arquitectura, Lda. e assenta toda a sua singularidade num rochedo que, aqui e acolá, “brota” da terra e, por isso, foi convidado a entrar no projeto. A equipa do escritório sedeado em Barcelos, Paulo Costa e Sónia Abreu, encarou o penedo em granito como um elemento importante que a casa acabaria por abraçar.
Situada num terreno em meia encosta voltado a poente, numa paisagem rural rodeada por campos de cultivo e pelo balido das ovelhas que se ouve ao longe, a Augusta House repousa serena junto de um imenso rochedo que emerge do solo e que, de alguma forma, condicionou o seu desenho espacial. Apesar do rochedo não ser um resíduo, mas sim um elemento que iria fazer parte da Augusta House, os arquitetos da Risco Singular não podem dizer que foi esse o ponto de partida para este trabalho, porque há “outros fatores a ter em conta no desenvolvimento do projeto, nomeadamente a orientação solar, o enquadramento, entre outros, que são de extrema importância para a sua conceção, sem esquecer o programa base, neste caso o da habitação”, explica a arquiteta Sónia Abreu. Optou-se por abrir a casa totalmente para o exterior, e manter o rochedo pelo seu enquadramento na paisagem, “utilizando-o como uma cortina natural, uma passagem visual entre o terreno e o objeto arquitetónico a construir, a Augusta House”, descreve a arquiteta da Risco Singular. A relação estreita criada entre o interior e o exterior da habitação também foi garantida com a utilização do vidro em grande parte da fachada da casa que, na opinião da equipa da Risco Singular, “transmite liberdade pela sua translucidez”. Por seu turno, a aplicação da madeira procura tornar o espaço mais acolhedor apesar da utilização do xisto que apresenta uma textura de contradição com o rochedo de granito.